MANUAL DE INSTRUÇÕES
4.2. Ajustes e reparos por pessoa especia-
lizada
Qualquer condição de insegurança determinada pelas
inspeções deve ser corrigida antes de por a talha no-
vamente em uso.
Ajustes devem ser efetuados visando a garantir a boa
operação dos mecanismos, tais como freios e catra-
cas e mecanismos limitadores, se houver. Reparos ou
substituições devem ser efetuados oportunamente,
conforme requeridos para o funcionamento correto.
Devem ser substituídas todas as peças vitais que
apresentem desgaste ou estejam deformadas, que-
bradas ou apresentem fissuras.
Soldas nos ganchos para, por exemplo, compensar o
desgaste, não são permitidas.
Devem ser substituídos os ganchos que apresentarem
qualquer um dos defeitos a seguir:
a. Deformações:
Aumento em 10% da abertura da garganta do gancho;
Torção em mais de 10% do plano do gancho;
b. Desgastes:
Desgaste de mais de 5% na base do gancho;
Desgaste na porca de fixação ou nos elementos de
trava de fixação do gancho;
c. Corrosão:
Alteração de mais de 5% nas dimensões da rosca da
porca do gancho;
Alteração das medidas do gancho acima das tolerân-
cias.
d. Fissuras superficiais:
No caso de fissuras superficiais que não podem ser
eliminadas sem ultrapassar as tolerâncias permissí-
veis referentes às medidas construtivas, o gancho
deve ser substituído.
4.3. Lubrificação
As articulações dos ganchos e todas as partes móveis
da talha tais como roldanas, pinos, eixos e etc., devem
ser lubrificadas periodicamente com graxa para uso
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geral, exceto o sistema de freio, no qual somente deve
ser realizada a limpeza removendo poeiras, umidade
excessiva e outros resíduos.
As correntes de cargas devem ser lubrificadas com
óleo classificação EP , aplicando uma pequena quanti-
dade, porém com grande frequência, visto que o óleo
se dispersa com o uso da talha.
4.4. Inspeção das correntes por pessoa
especializada
Devem ser ensaiados os movimentos de subida e
descida da corrente de carga na talha, observando a
atuação da corrente de carga na roldana de tração. A
corrente deve entrar e sair suavemente da roldana. Se
a corrente prender, saltar ou produzir ruído, verificar
em primeiro lugar se ela está limpa e corretamente
lubrificada. Se o defeito persistir, verificar as peças
nas quais a corrente se encaixa, quanto ao desgaste,
deformação ou outra avaria.
Devem também ser examinadas visualmente suas
condições quanto a estrias, cortes ou entalhes, res-
pingos de soldas, corrosão ou deformação de elos,
uma vez que a inspeção da corrente requer a sua
prévia limpeza. Afrouxar a corrente e deslocar elos
adjacentes para o lado, para inspecionar as faces de
contato dos elos quanto ao desgaste. Se observado
desgaste ou houver suspeita de alongamento, a cor-
rente deve ser medida de acordo com as instruções
abaixo:
• Selecione uma extensão da corrente raramente
solicitada, por exemplo: na extremidade, junto à
ancoragem;
• Suspender a corrente verticalmente, tencioná-la
com uma pequena carga da ordem de 5% a 10%
da carga de trabalho e medir um comprimento ra-
zoável (se possível, de 7 a 11 elos) com um pa-
químetro;
• Medir o mesmo número de elos no trecho mais so-
licitado da corrente, sob as mesmas condições, e
calcular o percentual de aumento de comprimento.
4.4.1. Substituição da corrente
A corrente deve ser substituída se o comprimento de
trecho solicitado exceder em 2,5% o comprimento do
trecho não solicitado.