Exercício prático nº 8: Cruzamento de esteiras e ondulação
Nem sempre o mar se encontra "chão", i.e., sem ondulação. O mais provável é existir sempre
alguma ondulação, quer natural, quer provocada pelo seguimento de outras embarcações (esteira),
etc. Nestas condições de operação, não é possível indicar um exercício específico, sendo somente for-
necidas informações sobre o modo de actuação quando o veículo se cruzar com ondulação e esteiras.
A melhor maneira cruzar a ondulação e as esteiras é evitar os saltos excessivos - tanto para o ope-
rador como para o veículo. O cruzamento de pequenas ondas e esteiras é sempre mais fácil do que as
grandes vagas e as esteiras de água profundas.
O cruzamento de esteiras profundas provoca um maior ressalto do que o cruzamento de esteiras e
ondas menos elevadas.
Para cruzar uma esteira ou uma onda, alterar a velocidade e seleccionar o ângulo de ataque à onda
ou à esteira. Normalmente, para reduzir o ressalto, a esteira deve ser cruzada a baixa velocidade e na
diagonal.
Outros dois aspectos a ter em conta durante a condução do veículo.
A primeira é que o cruzamento de um grupo de ondas ou esteiras múltiplas é mais difícil do que cru-
zar apenas uma onda ou uma esteira.
A segunda é que, quando se corta a onda ou a esteira na diagonal, o veículo tenta afastar-se da
ondulação.
Quando a ondulação é cruzada num ângulo de 45°, esta acção de afastamento pode ser facilmente
notada, mas com um ângulo menor, digamos de 10°, o afastamento pode ser muito forte. Nestas con-
dições, o operador deve estar preparado para controlar e equilibrar o veículo, conforme necessário.
Recomendações:
1. Segurar o guiador com firmeza e manter sempre ambos os pés no piso do veículo.
2. Reduzir a velocidade, antes de cruzar ondas ou esteiras.
3. Cruzamento de ondas ou esteiras na diagonal.
4. Ao atingir o pico das ondas, levantar o corpo do banco do veículo, de modo a que o impacto seja
absorvido pelos joelhos.
5. Não operar o veículo com o queixo ou peito junto do guiador. O operador pode bater com o peito
no corpo do veículo ou guiador, o que pode provocar lesões corporais.
6. Não operar o veículo em águas agitadas.
7. Não operar o veículo em más condições atmosféricas.
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