Dessecação
Dos três efeitos cirúrgicos, a dessecação é tecnicamente a mais simples porque qualquer forma de onda,
de corte ou de coagulação pode ser utilizada, sendo necessários apenas níveis baixos de potência.
Consiste na coagulação sem faiscamento. A corrente elétrica passa através do tecido provocando
aquecimento do mesmo e, portanto, retirando lentamente a água nele contida. Como a dessecação deve
ser realizada com o eletrodo ativo em bom contato elétrico com o tecido, é importante que o eletrodo seja
mantido limpo de tecido seco ou carbonizado. Pode ser realizada utilizando-se a saída monopolar ou
bipolar, porém, a saída bipolar é otimizada para dessecação e não produz corte ou fulguração. Mesmo em
níveis de potência elevados haverá pouca tendência a cortar ou fulgurar quando se utiliza a saída bipolar.
A saída monopolar é projetada, em princípio, para o corte e fulguração. Quando a mesma for usada para
dessecação devem-se utilizar níveis baixos de potência para que se tenha um mínimo efeito de corte ou
coagulação. O SS-200E pode ser realizar a dessecação com qualquer tipo de forma de onda (CUT,
BLEND, SPRAY ou CONTACT). O nível exato de potência depende da área do eletrodo ativo, pois, quanto
maior a área de contato, mais corrente será necessário para produzir a mesma densidade de corrente. A
coagulação através de pinça bipolar é um exemplo prático de dessecação. A dessecação também ocorre
quando o cirurgião utiliza uma pinça hemostática monopolar para pinçar um vaso e estancar um
sangramento. As formas de onda são importantes apenas no corte e na fulguração, como veremos a
seguir.
Para preparar o SS-200E para realizar a Dessecação, ver item 3.5 deste Manual.
Coagulação de baixa potência sem faiscamento
Eletrodo em bom contato com o tecido
Coagulação profunda que se espalha radialmente
Escara relativamente macia de cor marrom claro
Corrente típica = 0,5 Amp RMS
Corte Eletrocirúrgico
Consiste no aquecimento das células do tecido tão rapidamente que elas explodem pelo vapor produzido
internamente. Este processo também é conhecido por vaporização celular. O calor gerado é dissipado
pelo vapor não havendo, portanto, condução para as células adjacentes. Quando o eletrodo é deslocado
e entra em contato com novas células de tecido, estas explodem produzindo a incisão. É importante
lembrar que o corte eletrocirúrgico é obtido através de faiscamento pelo tecido. A forma de onda de corte
do SS-200E é uma senóide contínua na frequência de trabalho do bisturi (480 kHz).
Para preparar o SS-200E para realizar o corte, ver item 3.5 deste Manual.
Eletrodo separado do tecido por fina camada de vapor
Faíscas curtas e intensas vaporizam as células
Pequena hemostasia
Corrente típica = 0,1 Amp RMS
Fulguração
Consiste na geração de faiscamento do eletrodo para o tecido com mínimo efeito de corte. A fulguração
permite a coagulação de grandes sangramentos. A saída de coagulação do SS-200E é otimizada para
produzir fulguração. A forma de onda de coagulação consiste de pacotes de senóide de rádio frequência
WEM / Manual de Utilização SS-200E
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