% de Argon e de 25 a 20 % de CO2 , ou então composições
ternárias como, AR/CO2 /O2 .
Estes gases transmitem calor durante a soldadura e o
cordão resultará bem unido e com boa estética, por outro
lado, a penetração será relativamente baixa.
Usando Anidrido Carbónico como gás de protecção, obter-
se-á um cordão fino e penetrante mas a ionização do gás
influenciará a estabilidade do arco.
2) Utilizar um fio de aporte da mesma qualidade em relação
ao aço a soldar.
Recomenda-se usar sempre fios de boa qualidade evitando
soldar com fios oxidados que podem causar defeitos de sol-
dadura. Em geral a escala de corrente em que os fios
podem ser usados é: Ø fio x 100 = Amp mínimos - Ø fio x
200 = Amp máximos; exemplo: Ø fio 1.2 = Amp mínimos
120/Amp máximos 240. Isto com misturas binárias AR/CO2
e com transferência em curto circuito.
3) Evitar soldar em peças oxidadas ou em peças que apre-
sentem manchas de óleo ou massa.
4) Utilizar tochas apropriadas com relação à corrente que se
está a usar..
5) Controlar periodicamente se as faces do alicate de massa
não estão danificadas e se os cabos de soldadura (tocha e
massa) não apresentam cortes ou queimaduras que pode-
riam diminuir a sua eficácia..
5.3
SOLDADURA DE AÇOS INOXÍDÁVEIS
A soldadura dos aços inoxidáveis da série 300 (austeníti-
cos), deve ser efectuada com gás de protecção de alto teor
de Argon, com uma pequena porcentagem de O2 para
estabilizar o arco. A mistura mais usada é AR/O2 98/2.
Não usar CO2 ou misturas AR/CO2 .
Não tocar o fio com as mãos.
Os materiais de aporte a utilizar devem ser de qualidade
superior ao material básico e a zona de soldadura deve
encontrar-se limpa.
5.4
SOLDADURA DO ALUMÍNIO
Para a soldadura do alumínio é necessário utilizar:
1) Argon 100% como gás de protecção.
2) Um fio de aporte de composição adequada ao material
básico a soldar.
Para soldar ALUMAN e ANTICORODAL usar fio com silício
de 3 a 5%.
Para soldar PERALUMAN e ERGAL usar fio com Magnésio
5%.
3) Uma tocha preparada para a soldadura do alumínio.
OBS.: Caso disponha de somente uma tocha para fios em
aço, é preciso modificá-la no modo seguinte:
- Certificar-se que o comprimento do cabo não supere 3
metros (é desaconselhado usar tochas mais longas).
- Retirar a porca de bloqueio guia em latão, o bocal gás, o
bico porta corrente e retirar a guia.
- Inserir a guia em teflon para alumínio certificando-se que a
mesma saia das duas extremidades.
- Aparafusar o bico porta corrente de modo que a guia fique
aderente ao bico.
- Na extremidade da guia que permaneceu livre colocar o
bocal de bloqueio da guia, o vedante OR e bloquear com
uma porca sem apertar excessivamente.
- Enfiar o pequeno tubo de latão na guia e introduzir tudo no
adaptador (tendo retirado precedentemente o tubo de ferro
que se encontra dentro do adaptador).
- Cortar diagonalmente (como fatias de salame) a guia de
modo que fique o mais próximo possível do rolo alimenta-
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dor de fio.
4) Utilizar rolos alimentadores de fio apropriados para alumí-
nio.
Os rolos não devem ser apertados até o fim.
5) Utilizar bicos porta corrente apropriados para alumínio
com o orifício correspondente ao diâmetro do fio que será
usado para a soldadura.
6) Utilizar rebolo e escovadores específicos para alumínio e
nunca usá-los em outros materiais.
LEMBREM-SE que limpeza significa qualidade
As bobines de fio devem ser conservadas dentro de
saquinhos de náilon com um desumidificador.
6 DEFEITOS NA SOLDADURA
1- DEFEITO -
Porosidade (no interior ou exterior do
cordão)
CAUSAS
• Fio defeituoso (oxidado superficialmente)
• Falta de protecção de gás devido a:
- fluxo de gás escasso
- fluxómetro defeituoso
- redutor geado, pela falta de um preaque-
CO2
- válvula solenóide defeituosa
- bico porta corrente obstruído por borrifos
- orifícios de efluxo do gás obstruídos
- correntes de ar presentes na zona de sol-
dadura.
2- DEFEITO -
Trincas de contracção
CAUSAS
• Sujidade ou oxidação no fio ou na peça
• Cordão pequeno demais.
• Cordão côncavo demais.
• Cordão penetrado demais.
3- DEFEITO -
Incisões laterais
CAUSAS
• Mão muito rápida
• Corrente baixa e tensões de arco eleva-
das.
4- DEFEITO -
Excesso de borrifos
CAUSAS
• Tensão alta demais.
• Indutância insuficiente.
• Falta de um preaquecedor do gás de pro-
tecção de CO2
7 MANUTENÇÃO DO APARELHO
Bocal protecção gás. Deve-se liberar este bocal periodica-
mente eliminando borrifos metálicos. Caso se encontrar-se
deformado ou ovalado, substituí-lo.
Bico porta corrente. Somente um bom contacto entre este
bico e o fio poderá assegurar um arco estável e uma perfei-
ta distribuição de corrente; portanto é preciso observar as
seguintes recomendações:
A) Não deve haver presença de sujidade ou oxidação no
orifício do bico porta corrente.
B) Após longas soldaduras os borrifos prendem-se mais
facilmente, obstruindo a saída do fio. Portanto, é necessário
limpar frequentemente o bico e se necessário substituí-lo.
C) O bico porta corrente deve estar sempre bem atarraxado
no corpo da tocha. Os ciclos térmicos tolerados pela tocha
podem causar um afrouxamento com consequente
aquecimento do corpo tocha e do bico e inconstância no
avanço do fio.
Guia do fio. É uma parte importante que deve ser frequen-
temente controlada já que o fio pode depositar na mesma
cedor do gás de protecção de
que está a ser trabalhada.